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Iran Malfitano tem a Itália na família

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“Tenho um carinho por todas as novelas que fiz, mas o Orlandinho de “ A Favorita” tem algo de especial” – diz Malfitano | Foto: Divulgação

No dia 21 de fevereiro, é celebrado o Dia da Imigração Italiana. Por aqui pelo Recreio e Barra, são muitos vizinhos que vieram de longe. Tem até mesmo aqueles com parentes do país europeu. Um exemplo é o ator Iran Malfitano, com bisavós italianos. Paraquedista, morador do Recreio e paizão, o artista vive no bairro há 12 anos e adora o cantinho da cidade que escolheu para ficar com sua família.

No auge dos seus 33 anos, o ator com ascendência italiana consolida cada vez a sua carreira. Ele já passou pela Globo, Rede TV! e agora está na Record. Além do trabalho, adora paraquedismo e ainda destaca que a paternidade lhe trouxe uma nova vida.

Você tem ascendência italiana. O que tem dos italianos na sua personalidade?
Meus bisavós são italianos. Acho que a forma de falar, alto e gesticulando muito intenso.

O que você acha que os brasileiros têm em comum com os italianos?
Temos uma colonização italiana forte, como de diversas culturas, mas acho que o brasileiro tem muito a ver com os italianos no geral.

Como foi o começo da sua carreira de ator? Quais foram as dificuldades e em que momento você percebeu que estava na carreira certa?
Foi no começo que não tinha certeza do que queria, mas o desconhecido sempre me atraiu, é como dizer que alguém de 16 anos tem concreto o desejo de uma carreira que desconhece. Mas eu queria conhecer o mundo e minha oportunidade apareceu aos 16 anos e vim para o Rio fazer a oficina te atores ( Globo) . Daí em diante, foram aparecendo participações até que estava de fato começando uma carreira que me cativava cada vez mais. Quando percebi, estava apaixonado pela arte que não pude mais me distanciar.

Você já interpretou diversos personagens, mas existe algum que gostaria de fazer e ainda não fez? Qual e por que esta escolha?
Ainda acredito estar no começo da minha carreira e cada novo personagem traz novas sensações, então posso dizer que quero fazer todos os que ainda não fiz .

O que você falaria para quem deseja seguir a carreira de ator?
Quem quer começar nesta carreira deve saber realmente porque quer. Estar somente para ser conhecido pode ser um erro. Quando você consegue se alimentar da reciprocidade que a arte te dá de uma forma geral, como por exemplo, o aplauso depois de um espetáculo teatral (tendo 20 ou 800 espectadores ), aí você vai saber que está na profissão certa.

Você está em “Milagres de Jesus” e “Os Dez Mandamentos”, ambas produções da Record. O que espera que venha de positivo destes trabalhos?
Participar das produções bíblicas é um privilégio. São histórias da humanidade incrível e que trazem um ensinamento muito grande.

Você é paraquedista. O que tem nesse esporte que te chama atenção?
Saltar de paraquedas é a melhor coisa que se pode fazer de roupa na vida (risos). Ali, você se sente mais vivo que nunca. Liberdade, mas com humildade, pois você vê como somos pequenos. Gostaria que todas as pessoas saltassem pelo menos uma vez na vida. Depois de conhecer o vôo, você entende porque os pássaros cantam.

O paraquedismo e a vida de ator têm algo em comum?
A satisfação do aplauso é o máximo para o ator e o salto te traz uma satisfação de estar vivendo que não consigo expressar pelo computador nem por páginas de revista.

Quando você começou no paraquedismo?
Estava gravando “Malhação” com André di Biase que fazia o Vinícius, pai da Nanda , personagem da Rafaela Mandelli, e num belo dia a gravação foi encerrada antes do horário previsto e convidei o André para saltar. Gravávamos na Tycom ao lado do Aeroporto de Jacarepaguá, onde tinha escolas de paraquedismo. No dia seguinte, o André não apareceu para saltar, mas eu sim e mudei minha vida, comecei a ver o Rio de Janeiro do céu.

Você é pai de Laura. O que a família significa na sua vida?
A Laura é minha certeza, já até me questionei do que fazia aqui antes dela.

Pretende ter mais filhos?
Gostaria de ter mais filhos sim, mas é muito caro educar nos dias de hoje, desprende muita energia, mas filhos são a melhor coisa do mundo, até mais que aplausos e paraquedismo! (risos)

O que a paternidade te trouxe que você não tinha antes dela?
Sou uma pessoa muito melhor depois que minha filha nasceu.

Vi que você retweeta bastante os tweets de Paulo Coelho. O que te chama atenção nas palavras dele?
Paulo Coelho foi o primeiro autor que eu li na vida. Amo o que ele escreve e a forma que o faz.

Rapidinhas

Há quanto tempo mora no Recreio?
Moro há 12 anos no Recreio.

Por que você escolheu o bairro para morar?
Escolhi vir pra cá pela proximidade com o trabalho.

Quais são os pontos positivos do Recreio? E os negativos?
Posso fazer a maioria das minhas obrigações de bicicleta, então só de não precisar do carro para fazer o que preciso já é um ponto positivo, o negativo é que faltam mais teatros por aqui.

O que você faz nos momentos de lazer?
Meu lazer é pedalar, correr, praia  e aqui é ótimo para se fazer isso.

Como você lida com o assédio das fãs?
O assédio é natural e trato quem gosta do meu trabalho de forma carinhosa, não poderia ser diferente.

Como ator, você acha que falta alguma coisa na cena cultural da Barra e Recreio? O que ?
A cena cultural da Barra/Recreio precisa de mais teatros, deveríamos ter um teatro para cada cinema que se constrói , mas sei que  isso é uma utopia.

Você é realizado profissionalmente? O que ainda deseja fazer?
Sou realizado sim, mas tenho que continuar  construindo  minha carreira cada vez mais sólida. Acredito que ”chegar” não é tão difícil, mas se manter “lá” é.

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