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A importância da hidratação dos idosos no verão

Estamos há menos de um mês do verão e as temperaturas já começam a aumentar, ficando em torno de 30 °C. A tendência é que aumente ainda mais no final do ano. Por isso é preciso ficar ainda mais atento com a hidratação do idoso que pode apresentar confusão mental com a perda de líquidos do corpo e falta de reposição adequada.

Pessoas com mais de 60 anos sofrem uma diminuição do número e da sensibilidade de receptores corporais que controlam a sede. Sem perceber, elas sentem menos vontade de beber água – mas o corpo continua necessitando de uma boa quantidade de líquidos para que todo o organismo funcione bem. Assim, os idosos acabam sendo mais suscetíveis à desidratação.

Entre tantos outros benefícios, a água é essencial para a sobrevivência. A necessidade hídrica dos idosos é semelhante a dos adultos, porém, na terceira idade a ingestão acaba sendo menor, o que pode levar o idoso a fraqueza muscular e aumento de infecções, principalmente a urinária, em alguns casos, se registra até problemas de cognição.

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A ingestão de líquidos deve ser incorporada à rotina, independentemente se o idoso está em casa ou não.

Então, os cuidados com idosos no verão devem envolver medidas que possam favorecer a hidratação do organismo e reduzir o calor corporal para evitar a hipertermia, que ocorre quando a temperatura do corpo fica acima de 37,4 °C, sendo que a temperatura do organismo deve girar em torno de 36 °C.

Quando há uma elevação, o organismo utiliza várias estratégias para resfriá-lo, como o suor. O corpo então se desidrata, não ocorre à sudorese, e a temperatura pode aumentar, causando sérios riscos à saúde, principalmente nas temperaturas elevadas e sensação térmica muito alta.

Alguns sintomas podem servir de alerta como, por exemplo, dores abdominais, contraturas musculares (câimbras), vômito, dor de cabeça, tontura, fraqueza, excesso ou falta de suor, sintomas neurológicos como irritabilidade, alucinações e delírios.

Alguns fatores que podem anteceder a hipertermia e podem agravá-la são as doenças preexistentes, como a insuficiência cardíaca congestiva, diabetes, enfisema, asma, demências ou comprometimentos da cognição.

Quando a temperatura no verão está muito elevada, as proteínas do corpo, bem como membranas celulares e enzimas (especialmente na região do cérebro), podem ser destruídas ou apresentar um mau funcionamento.

Os idosos, normalmente, fazem uso de medicamentos. Há também alteração do metabolismo. O hipertenso que faz uso de diurético tem a urina aumentada e, consequentemente, se não tiver reposição correta, pode sofrer alguns distúrbios e se desidratar com mais facilidade.

A ingestão de líquidos deve ser incorporada à rotina, independentemente se o idoso está em casa ou não, ele deve ter sempre uma garrafinha à mão. A água é essencial para o bom funcionamento do organismo, principalmente no caso das pessoas da terceira idade.

Roupas leves e claras, evitar atividades externas, nos horários mais quentes do dia, usar filtro solar, chapéu ou boné, evitar tomar cafeína e álcool, pois são bebidas que contribuem para a desidratação, são alguns cuidados primordiais.

* Artigo do neurologista André Lima, diretor da Clínica Neurovida e membro da Academia Brasileira de Neurologia.

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