Segundo um estudo divulgado pelo Centro de Negócios Familiares da Universidade de St. Gallen, na Suíça, o Brasil possui 15 grandes empresas entre as 500 maiores empresas familiares do mundo. Entre as nacionais, o Itaú Unibanco é a primeira colocada, na décima oitava colocação. Empresas menores seguem essa mesma estrutra e permeiam fortemente o mercado nacional graças a um grande desejo de ser dono de seu próprio empreendimento.
– “A vontade de ser dono do seu próprio nariz, de não ter patrão ou chefe e poder tomar as decisões do negócio são algumas das razões que levam as pessoas a iniciarem sua própria empresa. Sempre será recomendado para aqueles que se preparam ou buscam ajuda especializada para o desenvolvimento dos seus planos. Tudo começa com um sonho que se torna uma ideia. O difícil é dar o passo seguinte, que é fazer isso tudo virar um projeto e executá-lo adequadamente.” – garante o professor e economista Gilberto Braga.
No Recreio e na Barra da Tijuca, além das próprias vantagens já citadas, morar próximo à empresa é um outro ponto positivo. É o caso da Fundição Filomena, marca de acessórios femininos, empreendimento no qual as sócias, Flávia Couto e Rosana Macedo, mãe e filha, moram na região e optaram pelo lugar para dar seus primeiros passos.
– “Já contamos com 4 empresas de consultoria. A primeira foi para nos ajudar a formatar o Sistema de Franquia Fundição Filomena, a segunda e terceira com foco em vendas e estoque e, por último, uma empresa para cuidar da nossa expansão pelo Brasil todo” – explica Flávia Couto.
Em outros segmentos comerciais, como a gastronomia, as vantagens e desvantagens do empreendedor não são muito diferentes, mas expandir é uma máxima do mercado. É o caso da família Accarino, dona de alguns grandes restaurantes na Barra, como Star Pub, Eclético e Empório Eclético Goumert, que começou o empreendimento há 11 anos.
– “Todo negócio, precisa estar vivo, se aprimorando e desenvolvendo. A hora que ele pára de crescer, ele começa a diminuir. Meu pai tinha um ditado que falava ‘Crescer ou perecer’” – diz Renato Accarino, dono dos restaurantes e do Grupo Rayan, que administra com os filhos.
NOVAS EMPRESAS FAMILIARES SÃO UMA ALTERNATIVA NO MOMENTO DE CRISE
Professor da Ibmec, Braga ainda destaca o bom investimento que é criar esse tipo de empresa. Segundo ele, como a maioria delas se insere no que chamamos de pequenos negócios, são responsáveis por cerca de 70% das vagas de emprego geradas no mercado de trabalho.
Ainda segundo o economista, uma contabilidade organizada é a fórmula principal para não confundir as contas de casa e as da empresa – um grande fator prejudicial à empresa.
– “Tendo uma contabilidade organizada, não confundindo as entidades empresa e seus sócios e combinando com clareza e de forma antecipada a forma de remuneração de cada sócio familiar. Dessa forma, não há riscos de confundir a administração da empresa com as despesas domiliciliares.” – aconselha.
