Vânia de Brito está de volta ao teatro com “Antes que Seja Tarde”, um monólogo comovente que convida o público a refletir sobre o envelhecimento e a relação entre pais e filhos. A peça, baseada no best-seller “Cuide dos seus pais antes que seja tarde”, de Fabrício Carpinejar, terá sua reestreia no dia 11 de abril, às 20h, no Teatro Cândido Mendes, no Rio de Janeiro.
Com uma interpretação intensa e sensível, Vânia mergulha em uma narrativa que fala sobre tempo, afeto e a urgência da presença. “A grande urgência da peça é a presença, o agora, o imediato. Nossos pais idosos não têm tempo. Eles têm urgência”, destaca a atriz.
Arte como transformação
Para dar vida a essa história, Vânia revisitou sua própria trajetória, resgatando memórias de infância e sua relação com a mãe, que hoje tem 94 anos. “Venho de uma família grande, de oito irmãos, e vejo a dificuldade que muitos têm em aceitar a velhice da nossa mãe. É como se não quisessem enxergar que o tempo passou. Mas eu vejo de outra forma: acredito que a velhice deve ser digna, independentemente de como tenham sido nossos pais. Precisamos nos resolver internamente para que eles possam viver essa fase com mais leveza.”
Interpretar essa história sozinha no palco também trouxe desafios emocionais. “Foi um processo intenso de revisitação do meu papel na família e do amor que, apesar de tudo, sempre esteve presente. Hoje, vejo minha mãe com gratidão e procuro proporcionar a ela uma velhice amorosa e cuidada”, reflete a atriz.
Impacto no público
Desde sua estreia, “Antes que Seja Tarde” tem emocionado a plateia. “Pessoas que nunca tinham dito ‘eu te amo’ para os pais passaram a dizer. Filhos arrependidos perceberam quantas desculpas inventavam para não atender uma ligação ou fazer uma visita. Pessoas saem do teatro decididas a escrever mensagens de amor e perdão para seus pais. É emocionante”, compartilha Vânia.
A peça também traz frases marcantes de Carpinejar, como: “Tem filhos que abortam seus pais dentro do coração e os enterram antes mesmo do velório, abandonando-os em um asilo para uma violenta solidão.” O texto ressoa fundo, levando o público a uma reflexão necessária sobre o valor da presença e do cuidado na velhice.
Mesmo sem patrocínio ou apoio cultural, o espetáculo já percorreu o Brasil, sustentado pelo amor e pela dedicação da equipe. “Já estamos há um ano e meio em cartaz, apenas com o apoio do público, que vem uma, duas, três vezes. Esse espetáculo não é só um monólogo. Ele é um chamado à consciência, ao amor e à reconexão com quem nos deu a vida”, finaliza Vânia.
A reestreia acontece no dia 11 de abril, às 20h, no Teatro Cândido Mendes, em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
A temporada vai até 25 de maio sextas, sábados e domingo.
Uma oportunidade única de se emocionar e repensar os laços familiares. Não perca!
