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O papel da inteligência emocional na tomada de decisões empresariais

Estamos vivendo um momento de profundas transformações na economia mundial. A inteligência artificial, as novas tecnologias e modelos de negócios que surgem a todo o momento, estão mantendo as lideranças apreensivas pelos quatro cantos do mundo.

Há qualquer momento pode surgir uma ideia da concorrência que pode mexer totalmente com o mercado. Isso faz com que CEOs e suas equipes, mais do que nunca estejam concentrados em buscar soluções e agregar valor aos seus produtos e serviços para não perderem espaço.

Os nervos estão à flor da pele, e nunca foi tão necessário um trabalho emocional dentro das organizações como agora. Antigamente quando uma empresa tinha que realizar uma mudança, era feito todo um planejamento é um processo de adaptação com suas etapas muito bem definidas.

Atualmente, dependendo do caso, mudar é sinônimo de ruptura, onde simplesmente temos que modificar a forma de trabalhar de uma hora para outra, como foi o caso da pandemia. No centro disso existe a liderança, que são aquelas pessoas que observam o cenário e direcionam a equipe pelo melhor caminho.

No passado o líder tinha mais autonomia para decidir. O mercado apesar de competitivo, não oferecia grandes riscos que levassem a empresa desaparecer por uma decisão errada. Era possível, após uma decisão equivocada, se reorganizar e mudar.

Atualmente errar pode definir o futuro da empresa, portanto as lideranças precisam ter muita certeza que aquilo que eles estão decidindo está ou não baseado nas informações fornecidas pela equipe. Nessa hora é que entra a inteligência emocional.

Aquele líder distante do passado hoje significa um atraso para a corporação. Quanto maior for a distância entre a liderança e a equipe, maior será o risco de declínio. Nos estudos realizados por diversos pesquisadores como Jim Collins e Daniel Golemann, esse distanciamento é justamente o emocional de quem está no comando da empresa ou da equipe.

Para se ter uma ideia, o humor do líder chega a impactar em até 34% o faturamento do mês. Isso acontece porque o estado de humor da equipe irá regular as atitudes e todas as ações na hora da execução. Um com pouca inteligência emocional, além de não perceber como ele está se sentindo, acaba não reconhecendo no outro um estado de humor onde seria necessário orientar mais, ensinar mais ou até mesmo apenas acolher a pessoa para que ela tenha uma performance melhor.

Chamamos isso de empatia, que é reconhecer no outro como ele está se sentindo. Um líder assim afasta as pessoas e é tido como arrogante, estressado e carrasco fazendo com que as pessoas tenham medo dele, e se tem medo dele, a equipe não consegue se inspirar, respeitar e admirar a liderança, que são elementos importantes para que existe a motivação para a busca da meta ou do objetivo.

Um líder assim, como falamos acima, fica distante da equipe e daquelas pessoas importantes dentro da gestão e é exatamente nesse momento que ele se perde. Como ele toma decisões baseadas em números, fatos e evidências, acaba perdendo a realidade, pois as pessoas com medo dele, começarão a mentir ou omitir, não porque são indisciplinados ou mau caráter, mas sim porque querem apenas se proteger do estado emocional do líder.

Sem as informações reais, a liderança jamais tomará decisões eficazes, a não ser que seja na sorte, portanto, um líder que precisa tomar decisões diariamente, precisa se conhecer e entender o impacto que ele causa na equipe, para que assim ele consiga ser um exemplo a ser seguido e a realidade baseada em informações possa ser usada para tomar as melhores decisões.

EmpatiaArtigo do colunista Ronan Mairesse, é especialista em comportamento humano e liderança. (@ronanmairensse).

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