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Comportamento das gerações X, Y, Z… ops, acabou o alfabeto – Parte 1

Photo via VisualHunt
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O que é a geração X, e qual o seu comportamento no mercado de trabalho? Mais do que uma sopa de letrinhas do alfabeto, há variações gritantes entre uma geração e outra. Vamos analisar juntos algumas dessas diferenças.

Primeiramente, vamos entender o conceito de “geração”: quando começa, quando termina, e o que a define. Até algum tempo atrás, dizia-se por “geração passada” a geração dos seus pais, ou que uma nova geração surgia a cada 25 anos. Essa noção de tempo para se definir uma nova geração está cada vez mais curta, e eu diria que isso tem muito a ver com a tecnologia que se desenvolve de maneira viral.

Boomers, baby boomers, os Xs, os Ys, agora os Zs… e depois?

 

Na geração X, estariam os nascidos entre o início ou meados dos anos 60 e final dos anos 70. O movimento hippie surgia contrário a repressões militares. Em “censura à censura”: sexo, drogas e rock’n’roll foram lemas que marcaram sua história. Uma bolinha balançava pra lá e pra cá na tela do computador Apple II, e os super jogos Atari e Pacman, foram sensação na época – a tecnologia ainda engatinhava. A internet somente era usada para buscas de informações.

A televisão, muitos dizem, teria dado início à “desagregação” das famílias que, até então, faziam questão de se reunir à mesa e conversavam durante as refeições (de verdade). A partir de então, o convívio social não seria mais o mesmo. As crianças iriam preferir assistir aos desenhos a brincar com os colegas, e também os adolescentes e adultos sairiam menos, para ficar em casa e assistir seus programas prediletos na TV.

A geração X, como também a Y e agora a Z, levou seus chefes à loucura para tentar entendê-los, administrá-los, e extrair deles o melhor que poderiam oferecer aos seus negócios. Os Xs também achavam (na verdade ainda acham) que a sua geração foi (ou é) a melhor de todas. Essa geração também achava que mudaria o mundo, que seria eternamente jovem e que sabia de tudo.

Mais antenados e abertos a mudanças do que os baby boomers e os boomers, que foram gerações anteriores, os Xs já começavam a mostrar diferenças de comportamento no ambiente profissional. Começaram a questionar a eficiência da matriz hierárquica e excessivamente verticalizada, e a necessidade de um excesso de gerentes que mandavam muito, mas colocavam pouco a mão na massa.

Em resposta às necessidades geradas pela Revolução Industrial, essa geração propiciou o aparecimento das principais ferramentas de desenvolvimento e gestão de pessoas, muitas ainda utilizadas até hoje. De fato, a “administração de pessoal” ganhou uma abrangência de responsabilidades maior e passou a se chamar “administração de recursos humanos” pelos famosos gurus da administração.

Mas por que “X”? Bom, partindo de um princípio matemático, o “X” seria algo que ainda não sabemos, e queremos descobrir o que é. Ou seja: uma incógnita. Quando o nome “X” foi dado a essa geração, ainda não havia consenso sobre seu comportamento ou como defini-la. Normal: a gente, e tudo mais, muda o tempo todo, e só conseguimos compreender quais foram estas mudanças de fato quando olhamos pra trás, para o que já é história – e isso quer dizer que já mudamos novamente. Ontem, recebi de um amigo uma mensagem no WhatsApp que dizia: “Antigamente, quando a gente queria que a visita fosse embora, colocava uma vassoura atrás da porta… Hoje, a gente desliga o Wi-Fi.”

Tanto o profissional em Recursos Humanos quanto o empregador encontram grandes desafios ao administrar as diferenças de comportamento entre as gerações de funcionários. Mas as equipes precisam umas das outras e, por isso, a interação tem que existir – de alguma forma. É preciso encontrar esta forma. É preciso tentar compreender a visão que cada um tem do mundo e como cada um foi impactado pelo momento em que nasceu e cresceu.

As estratégias de gestão de talentos devem ser construídas com base no respeito às diferenças. Cada um, do seu jeito, tem muito a contribuir. E, contrário a como as empresas eram administradas no passado, uma tendência é certa: não é mais, somente, o funcionário que deve se moldar aos valores da empresa. A empresa moderna também se adapta aos seus funcionários. Isso gera resultados, e é o que vamos abordar na Parte 2 desse tema. Até lá!

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