Barriga solidária – como funciona?

A barriga solidária ou útero de substituição é um procedimento que pode ser realizado em situações nas quais a pessoa que deseja ter um filho biológico não tenha condições de gerar uma criança. É uma doação temporária do útero de uma mulher para o casal que não pode gerar o próprio bebê.
Este tratamento é indicado para pacientes que não possuem útero, seja por problema congênito ou por terem retirado; pacientes que nasceram com malformação uterina que impede a gestação; doenças maternas de risco que impeçam a gravidez; pacientes com muitas falhas de implantação e para casais homoafetivos masculinos.
O casal que deseja ter um filho passa pelo processo de Fertilização In Vitro, onde são gerados os embriões em laboratório. Este embrião é transferido para o útero da doadora temporária de útero, que irá gerar o bebê com as características genéticas do casal.
Esse processo não pode ter caráter lucrativo ou comercial. No Brasil as barrigas solidárias devem pertencer à família de um dos parceiros em um parentesco consanguíneo até o 4º grau (mãe, irmã, avó, tia e prima). Na impossibilidade de pessoas da família cederem o útero temporariamente, o casal terá de solicitar autorização do Conselho Regional de Medicina para realizar o tratamento.
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Amanda Volpato
Ginecologista obstetra e especialista em reprodução humana com graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa
Catarina; Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia na Maternidade
Carmela Dutra – SES/SC; Pós-graduação em Endocrinologia Ginecológica e Reprodução Humana – USP/SP; Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); Fellowship em Técnicas de Reprodução Assistida e Andrologia pela Cleveland Clinic –Cleveland/Ohio; Certificado de Atuação na Área de Reprodução Assistida
(AMB/FEBRASGO); Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA); Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM); Membro da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE); Diretora Clínica da Clínica Hope – São Paulo.

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