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Rio de Janeiro recebe o maior evento de Fisioterapia Vestibular do mundo

 

reabilitacao interna

Nos dias 15, 16 e 17 de agosto, o Rio de Janeiro receberá o II Encontro Internacional de Otoneurologia e Reabilitação Vestibular (EIORV). O evento já é considerado o maior da área em 2019. Serão grandes nomes da pesquisa no segmento, como Susan Whitney (EUA), Michael Schubert (EUA), Dario Yacovino (Argentina), entre outros. Voltado para fisioterapeutas, médicos, fonoaudiólogos e estudantes, as palestras acontecerão nos dois primeiros dias; já o último contará com o Master Curso: o período da manhã com aula teórico-prática e apresentação de casos clínicos, enquanto, à tarde, serão apresentadas técnicas de reabilitação vestibular na prática.

A responsabilidade de trazer essas grandes formações ao país é do Instituto Brasileiro de Capacitação e Aprimoramento Profissional (IBRACAP), e do Dr. André Luís dos Santos, presidente do encontro, fisioterapeuta vestibular, fundador/diretor do Instituto Brasileiro de Fisioterapia Vestibular e Equilíbrio (IBRAFIVE) e doutor em Ciências Médicas. O especialista comenta a importância de receber convidados de ponta, nacionais e internacionais, com orgulho.

“No II EIORV, teremos a grande oportunidade de encontrar, ouvir e trocar ideias com os principais pesquisadores e clínicos do mundo, que apresentarão suas pesquisas e experiências da mais atual abordagem global ao paciente vertiginoso. Como diferencial, teremos mesas-redondas de alto nível e com tempo garantido para perguntas e respostas entre os inscritos e os palestrantes. Não tem como perder este excepcional evento científico e multiprofissional”, comenta Dr. André Luís.

Para compreender a importância do setor, é fundamental conhecer a fundo as pesquisas que revelam seu impacto na saúde ao redor do mundo. A queixa de tontura e vertigem é muito comum, atingindo em torno de 10% da população mundial, inclusive em departamentos de emergência hospitalar. Um estudo nos EUA mostrou que a tontura respondeu por 4,4% de todas as queixas em serviços de emergência dos hospitais naquele país em 2008. Em 2011, foram 3,9 milhões de visitas aos serviços de emergência dos EUA por queixas de tontura ou vertigem. Em um estudo mais recente (2019), no Canadá, foi verificado que o custo anual relacionado à internação hospitalar de pacientes com tontura a esclarecer foi de aproximadamente US$ 31 milhões de dólares. Sendo que o custo hospitalar total médio por paciente com tontura foi de US$ 450 (DP US$ 1.334). Os autores concluíram que a carga total de custos hospitalares estimados relacionados à tontura em Ontário foi de US$ 31.202.000. As causas podem ser categorizadas em três subgrupos: vestibular (labirinto), clínica (especialmente cardiovascular, metabólico) e psiquiátrico. Entre os diversos fatores que explicam altos índices de internações e exames desnecessários citados pelos autores dos artigos, está a falta de preparo da equipe para lidar com este tipo de queixa dos pacientes.

Nas últimas décadas, foram desenvolvidos recursos da reabilitação vestibular (RV) e da otoneurologia (subespecialidade da Otorrinolaringologia) para identificar e controlar o sintoma da vertigem e promover a recuperação sensorial e funcional. Tais recursos usados em nível ambulatorial ou em consultório poderiam evitar o aumento do número de pacientes nos hospitais.

“O uso dessas técnicas ainda depende, em grande parte, da experiência pessoal e formação educacional individual do médico, do fisioterapeuta ou do fonoaudiólogo. Avaliação individualizada do paciente e programas terapêuticos específicos para diferentes condições são ainda escassos. Atualmente, a RV ainda é frequentemente utilizada de maneira inespecífica em pacientes com tontura, independentemente dos achados clínicos”, esclarece Santos, que é doutor em Ciências Médicas.

O segmento abordado pelo evento se volta para o estudo do sistema vestibular, que se refere ao labirinto, ao nervo vestíbulo-coclear e suas conexões com o sistema nervoso central. Entre as consequências dos problemas ali encontrados, é possível citar a tontura e as quedas como as principais delas. Porém, as áreas de atuação ainda não são tão conhecidas no Brasil, e um evento de tamanha magnitude contribui, justamente, para melhorar essa dinâmica.

“Quando pensamos na melhor abordagem, de forma racional e individualizada, para cuidar do paciente que se queixa de vertigem e desequilíbrio, é saudável considerarmos dois importantes caminhos: 1) o preparo/treinamento do profissional e 2) a correta informação/divulgação ao público. Ao tentarmos prever medidas eficazes para o futuro destas abordagens, é tentador pensar em avanços na tecnologia apenas para avaliação e tratamento, mas o intenso e renovador intercâmbio atualizado entre clínicos e cientistas permite, também, prover avanços na real compreensão das complexas interações entre o sistema periférico e os mecanismos cerebrais de adaptação”, afirma Dr. André Luís dos Santos. E continua: “Para podermos usufruir das técnicas mais atualizadas, as comunidades clínica e científica da otoneurologia e da reabilitação vestibular devem se esforçar para educar e preparar médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos na realização de exames corretos na avaliação, saber identificar os fatores que impedem o processo de recuperação/reabilitação e a redução dos sintomas, assim como serem fontes divulgadoras das novidades para a população em geral, através dos principais meios de comunicação”, completa.

O evento conta com o apoio da Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional (ABRAFIN), além do patrocínio das empresas parceiras Interacoustics e da Contronic.

Serviço:
Quinta (15/08) – 10h às 17h
Sexta (16/08) – 10h às 17h
Sábado (17/08) – 8h às 17h

 

Link de inscrição: https://www.eventbrite.com.br/e/ii-eiorv-encontro-internacional-de-otoneurologia-e-reabilitacao-vestibular-registration-60129952306

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