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Chicungunha pode causar problemas vasculares

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Os casos de chicungunha apresentaram um crescimento de 70% em 2019 | Foto: VisualHunt

Entre os sintomas mais incômodos da chicungunha, o inchaço e as dores articulares são, sem dúvida nenhuma, os que mais sacrificam o doente, podendo durar meses. Os pacientes, em sua grande maioria, apresentaram acúmulo de líquido nas pernas, desenvolvendo, muitas vezes, doenças vascularescrônicas, uma delas conhecida como linfedema.

O linfedema é um extravasamento maior de linfa nos tecidos do organismo, um líquido originado do sangue. Por alguma razão, a doença provoca um bloqueio no sistema linfático. As paredes dos vasos linfáticos inflamam, e diminui a absorção dos líquidos que ficam nos tecidos, provocando os edemas.

Para entender o processo da formação dos edemas, vale lembrar que as veias são permeáveis e é normal vazar um pouco de líquido das veias para a musculatura e o tecido que as envolve. O sistema linfático é responsável por capturar esse líquido e retorná-lo às veias. Quando há um problema ou do sistema venoso ou linfático (o venoso por soltar muito líquido, e o linfático por não recuperar o líquido que extravasou),isso acaba ocasionando o inchaço.

As pessoas que ainda estão sofrendo com a doença devem procurar orientação médica para o melhor tratamento de acordo com a realidade de cada paciente, tratando os sintomas. Pessoas idosas, diabéticos e portadores de doenças vasculares devem ficar atentos aos edemas hidratando bem a pele, pois a pele muito inchada e ressecada pode ocasionar fissuras e feridas, ou até mesmo uma erisipela, uma infecção cutânea causada por bactérias que penetram pelos ferimentos.

O que venho constatando na prática clínica é que o paciente que tem varizes possui veias dilatadas e cheias de sangue, o que é um chamariz para o mosquito. Essas pessoas com distúrbios venosos devem rotineiramente usar um repelente, para diminuir as chances de terem a doença.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, os casos de chicungunha saltaram de 24.670 em 2018 para 41.888 no mesmo período de 2019, um crescimento de 70%. Ou seja, todo o cuidado é pouco.

 

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