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Depressão e Nutrição

foto: visualhunt
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A depressão é um transtorno de humor com grave prevalência nos países ocidentais. Estima-se que cada pessoa tem de 17 a 20% de risco de desenvolver algum episódio depressivo ao longo de sua vida. É uma patologia geralmente crônica e recorrente e que pode levar a limitações das atividades diárias e do bem-estar.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a depressão é uma das doenças mais onerosas para a sociedade, com altos custos sociais e pessoais. A estimativa para 2030 é que ela seja a principal causa de incapacitação.
É normal uma pessoa se sentir triste quando ocorre algum fato inesperado, como perdas, por exemplo. Mas essa redução de humor deve durar menos de duas semanas. Quando a pessoa vive esses sentimentos de tristeza por um período longo, há necessidade de investigação.
Quimicamente, a depressão é causada pela diminuição de neurotransmissores responsáveis pela produção de hormônios como a serotonina, triptofano e melatonina, induzida pela consequência de um gatilho que pode ser emocional, físico ou psíquico. Os neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, e sua função é transmitir uma mensagem. Eles são fundamentais para o bom funcionamento do cérebro.
A nutrição pode ajudar no tratamento com o auxílio de suplementação de certos nutrientes, aliviando alguns dos sintomas mais presentes na doença, mas deixo claro que nada substitui o tratamento convencional.
Ômega 3
Os ácidos graxos poli-insaturados, ômega 3, são essenciais à saúde. Encontrados na linhaça, na chia e em peixes de águas profundas. No cérebro, são componentes fundamentais para as membranas das células do sistema nervoso central. Estudos mostram relação entre o maior consumo de peixe e menor prevalência de depressão. Pessoas com depressão apresentam níveis mais baixos de ácidos graxos ômega 3 nos eritrócitos e no plasma. Os benefícios do ômega 3 em relação ao tratamento da depressão é devido a uma diminuição da inflamação.
Vitamina D
A vitamina D é lipossolúvel e pode ser sintetizada quando raios solares ultravioletas incidem sobre a pele. Ela também pode ser ingerida através dos alimentos: salmão, sardinha, atum, gema de ovo, queijos. Além da sua função na homeostase do cálcio e fósforo, ela também age como um hormônio, apresentando funções endócrinas em muitos órgãos do corpo. Existe um grande número de receptores de Vitamina D no sistema nervoso central, e ela desempenha papel neuroprotetor e também consegue interagir com várias vias de sinalização intracelular que estão envolvidas na fisiopatologia da depressão. A vitamina D parece regular vários neurotransmissores. Muitas vezes, a sua suplementação é necessária.
O Crocus sativus também conhecido como Cúrcuma longa) diminui os sintomas depressivos sem provocar efeitos colaterais, por ser um excelente anti-inflamatório, trazendo benefícios na preservação do triptofano para gerar serotonina.
Consulte um nutricionista quanto às recomendações e dosagens desses nutrientes, importantes para contribuir na melhoria do quadro depressivo.

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