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Como vão ficar os aluguéis com a proximidade das Olimpíadas aqui no Rio de Janeiro?

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Foto: Divulgação

A crise sociopolítico-econômica que se instalou no Brasil desde o ano passado vem ocasionando severas consequências em todos os setores mercadológicos do país.
Acostumados a um período de inflação controlada e com fácil acesso ao crédito, o empresariado, notadamente do ramo imobiliário, fez investimentos significativos a fim de atender a demanda que acontecia.

Com o evidente descontrole político do governo Dilma e a consequente instauração do processo de impeachment, o véu que pairava sobre a economia caiu e revelou uma séria e grave falência de nosso sistema monetário.

O setor de imóveis, um dos mais atingidos, percebeu a queda se agravar quando foram deflagradas as várias sub-operações originárias da Lava-jato, que atingiu frontalmente as principais construtoras do país.

Com a paralisação das obras e a consequente escassez de mão de obra, outros sintomas começaram a surgir com a crise do mercado imobiliário, tais como: estagnação na compra e venda de imóveis e queda acentuada nas locações.

A época de ouro, onde tínhamos um metro quadrado surreal (ainda não chegamos a um patamar justo, a meu ver) regado a especulações, imprimia-se nas relações locatícias um ritmo sempre favorável ao proprietário, que, devido a grande demanda, detinha a seu poder argumentos e imposições difíceis de serem contestadas.

Atualmente, o jogo virou e a falta de candidatos à locação vem proporcionando aos poucos incautos um poder de negociação que há muito tempo não se via no mercado imobiliário.

As Olimpíadas insuflaram uma modalidade de locação muito praticada na região litorânea que é a de temporada. A grande procura por esse tipo de contratação impulsionou sobremaneira o setor locatício, elevando, inclusive, os valores praticados no mercado até então.

Os imóveis localizados próximo aos centros olímpicos estão valorizadíssimos a ponto de a receita de uma temporada suplantar as despesas de todo o ano.

As locações residenciais têm conseguido, a reboque desse aquecimento, um certo movimento, muito em razão, também, da migração daqueles que tinham financiamento imobiliário e naufragaram diante da crise financeira.

Outrossim, naquelas não-residenciais, a criatividade vem tentando suprir a falta de interesse, adoçando os pretendentes com vantagens como carência de aluguel por um bom período.

Decerto, esse cenário olímpico não deve permanecer após os jogos, que contemplam, inclusive, os jogos paraolímpicos.

O interesse, atualmente, vindo da maioria de turistas dentro e fora do país, tende a diminuir, assim como os valores que estão sendo praticados no mercado, alguns aviltantes, a meu ver.

De qualquer forma, torçamos para que um milagre político-econômico nos próximos três meses permita que essa onda de bons fluídos no setor locatício se prolongue e contemple os envolvidos com uma relação melhor equilibrada.

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