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Universo dentro da cabeça e aprendizagem

 

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Foto: Flickr

 

O universo biológico é composto por células especializadas, chamadas de neurônios. Eles funcionam integrados, formando redes neurais que processam informações que vêm do ambiente externo e do meio interno.

Doidge Norman vê o cérebro como um sistema muito mais aberto do que imaginávamos, e a natureza foi mais longe para nos ajudar a perceber e aprender o mundo que nos cerca. Deu-nos um cérebro que se transforma para sobreviver em um mundo em constante transformação.

As células nervosas comunicam-se através de impulsos eletroquímicos, traduzidos em sinais elétricos, expressando nossos pensamentos, emoções, dor, movimento, sentimento e outras funções mentais e físicas, sem as quais não seria possível perceber toda a riqueza neurobiológica e o meio externo pelos estímulos sensoriais, tais como: tato, paladar, olfato, etc.Algumas dessas células nervosas “viajam” até alcançar a medula espinhal.

Essa “galáxia”, com centenas de milhões de neurônios que se conectam, reage a estímulos neuroquímicos dos neurotransmissores Serotonina e Dopamina, que nos equilibram e nos dão o bom humor, ea Noradrenalina eAdrenalina, que nos desequilibram. Além deles, há o Cortisol que é o bloqueador do aprender.

Embora a aprendizagem ocorra no cérebro, Cosenza e Guerra apontam que nem sempre o cérebro é a causa original das dificuldades observadas. “O ambiente, na verdade, leva ao desenvolvimento de comportamentos adaptativos que podem dificultar ou propiciar a aprendizagem.”

Os avanços neurocientíficos,alicerçados nas novas tecnologias, possibilitaram o maior conhecimento do cérebro humano e embasaram o desenvolvimento da neuroeducação, que estabelece a ponte entre a neurociência cognitiva e a educação.

Aulas dinâmicas são fundamentais para que o aprendizado ocorra e evolua com entusiasmo e prazer! O cérebro, com as experiências do aluno, é desafiado a novas vias neurais, ressignificandoo aprender a uma neuroplasticidade!Doidgeaponta que o nosso cérebro é modificado em uma escala substancial, física e funcionalmente cada vez que aprendemos uma nova habilidade.

A repetição do conteúdo deve ser feita em diferentes vias neurais, possibilitando ao aluno desafios em multitarefas, como: pesquisar, montar maquete, seminário, vídeos, teatro, estudo de campo, etc.O incentivo motivacionalativa os canais sensoriais e sensibilizaa produção do neurotransmissor Acetilcolina, tão importante para a concentração inicial de uma aula.Cada aluno é uma reação neuroquímica, uma neurobiologia que deve ser investigada peloprofessor. Uns serão mais rápidos, outros mais lentos. São universos internos com suas diversidades cognitivas e possibilidades neurais.

 

Espaço cedido à Regina M. Gonçalves (Neuropedagoga)

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