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A doçura do melhor do mundo

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Foto: Divulgação

O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade.

 O otimista vê oportunidade em cada dificuldade.

Winston Churchill

 

Desde 1988, a revista norte-americana Wine Spectator, uma das mais respeitadas a respeito de vinhos, publica sua lista “top 100”. Todo ano, seu ranking é aguardado com grande expectativa por apreciadores em todo o mundo.

Em sua seleção “top 100” de 2014, 3 vinhos portugueses safra 2011 figuraram nas primeiras colocações. Foram eles: em primeiro lugar, o Porto Vintage Dow’s 2011, o Chryseia 2011 na terceira colocação, seguido pelo Quinta do Vale Meão 2011 em quarto lugar. Todos da região do Douro; produtores descreveram a safra de 2011 como extraordinária e perfeita. Quando falamos em safra, falamos de uma área delimitada dentro de uma região, ou seja: dizer que uma safra foi excelente no Douro, não significa que foi igual no Minho. Até na mesma região podem ocorrer fatores diferentes entre um vinhedo e outro.

Uma safra se avalia conforme o andamento climático durante o ano. A alternação entre calor e frio, a amplitude térmica entre dia e noite, sol e chuva no momento certo. Isso e todo terroir do local criam uma boa safra.

O melhor do mundo, segundo a seleção da W.S., o Porto Vintage Dow’s merece com louvor o título! Um bom Porto, alegra a alma.

O mais famoso ex-primeiro ministro da Inglaterra, Winston Churchill, foi um grande apreciador de vinhos. Churchill já começava o dia com vinho no café da manhã. Entres seus vinhos preferidos, estava o vinho porto. Há vinhos que levam o nome Churchill, mas não confunda, pois se referem a outras pessoas. O Porto Churchill-Graham, da família Grahams, foi fundado pelo casal John Graham’s e Caroline Churchill.

De fato, os ingleses tiveram papel fundamental na história do vinho. Tradicionais compradores dos vinhos de Bordeaux, até a Inglaterra entrar em guerra com a França e parar o comércio de vinhos entre os dois países. Em busca de novos fornecedores, os ingleses chegaram a Portugal e encontraram, no Alto Douro, um vinho que consideraram um ótimo substituto aos vinhos de Bordeaux. Após algumas “viagens”, perceberam que o vinho chegava alterado a Inglaterra, devido às más condições de transporte. “Viajava mal”, como dizem alguns. Então, alguém teve a ideia de adicionar um pouco de aguardente ao vinho, o que o fortificava, tornando resistente e apto a navegar por longos meses. Além de interromper a fermentação e manter o açúcar natural das uvas. Assim “nasceu” um dos vinhos mais fabulosos que o homem concebeu: o vinho do Porto. Mais tarde, foram alterados e aperfeiçoados os processos de elaboração, o que trouxe doçura e maciez ao Porto.

Existem muitos estilos de Porto, diversificados pela qualidade dos vinhos e pela maneira como são envelhecidos. Entre os mais conhecidos, estão:

Ruby, o mais jovem e frutado de todos. É um corte de diversas safras envelhecidas por 2 ou 3 anos em barrica antes de ser engarrafado.

O Tawny teoricamente é envelhecido por mais tempo que o Ruby, por no mínimo 8 anos. Muitos “tawnyes” baratos têm a mesma idade dos “rubys” e são elaborados a partir do corte de Ruby e White Port.

O porto Vintage, como é o caso do Dow’s primeiro lugar da lista da W.S., é o melhor vinho de uma única e ótima safra. Envelhecidos por 2 ou 3 anos antes de serem engarrafados. Depois de serem engarrafados, permanecem na vinícola por mais 6 ou 7 anos. Devem ser bebidos após 20 anos ou mais e devem ser decantados antes de servidos. Só recebem a denominação Vintage os dos melhores anos.

Late Bottled Vintage (LBV), também de uma única safra, são produzidos em volumes muito maiores que os “Vintages”, porém com envelhecimento em barril por 4 ou 6 anos. Mais baratos que os “Vintages”, são filtrados e engarrafados prontos para o consumo.

Já que nossa coluna começou com os ingleses, para harmonizar com o Porto, nada melhor que o delicioso queijo Stilton. Elaborado com leite de ovelha, é macio e feito em toda a Inglaterra. Por aqui, não é fácil encontrar, porém um roquefort ou gorgonzola podem substituí-lo.

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