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Professor: alguém muito mais do que especial

Já pensou em estudar Direito Penal cantando? Já imaginou ser levado a compor músicas e aprender assim? Que tal receber ajuda de blog de professor e tudo mais? Neste 15 de outubro, dia do professor, vale olhar para algumas histórias de mestres que conquistam o coração de seus alunos com atitudes que dão o que falar.

O especialista em Direito Penal, Sandro Caldeira, seria mais um professor dentre tantos outros Brasil afora se não fosse pela sua atitude de envolver os seus alunos com música. Ele, que leciona para turmas preparatórias para concursos públicos e exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) há sete anos, inclusive já deu aulas on-line na Estácio da Barra, conta que sempre gostou de música e quis aliar isso ao seu trabalho de professor, criando o chamado ” Jeito legal de estudar Direito”.

-Faço paródias de músicas conhecidas do grande público e transformo para temas jurídicos, bem como charges jurídicas, desenhos animados onde eu e meu ajudante,”Kim”, o cão jurídico, ajudamos aqueles que possuem alguma dúvida. Isso faz com que as aulas sejam leves e divertidas, mas com muito conteúdo – comenta ele.

Professor alguém muito mais do que especial
Sandro Caldeira dá palestras em várias universidades do Rio e recebe muito retorno de alunos da Barra e Recreio

Caldeira leva para a sala de aula uma base das músicas e canta em alto e bom som para seus alunos, mas o show acontece nos aulões, onde ele leva sua banda. Alguns hits como “Pagode do Garantidor”, “Funk do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)”, “Forró dos Crimes contra a Honra”, entre outros, fazem parte do repertório. Ele garante que o retorno de alunos aprovados é grande.

– Como ministro aula online também, recebo e-mails de muitos alunos diariamente, agradecendo pelas músicas, que isso foi muito importante na sua aprovação – diz.

Professor compõe e toca

Outro mestre que merece parabéns é Edinho Hora,  professor de Música do Colégio JR, em Vargem Pequena, que dá aulas para crianças do maternal até o nono ano. Pelos corredores, o murmurinho ecoa o seu nome. Muito querido na escola, fez os alunos gostarem de MPB.

– A primeira coisa é não desdenhar, criticar ou menosprezar cada gosto que encontramos em sala de aula. Cada um traz dentro de si uma história. Eu apenas mostro a minha e faço com que comprem a ideia, sem imposições. E eles gostam. Outro segredo é compor e meus alunos sempre compõem (da maneira deles) em ritmo de MPB para datas festivas como o Dia das Mães, Dia dos Pais e outras comemorações – conta ele.

Professor alguém muito mais do que especial
Edinho Hora diz que ama o que faz | Foto: Divulgação

Qual é então a chave do segredo para envolver os alunos? O que ele tem que chama tanto a atenção da garotada? Talvez seja o amor que tem pela sua profissão de professor.

– Amo o que faço e amo estar com eles. Esse é o meu dom. Parto do princípio que a aula não pode ser chata, precisa ser atrativa. O teatro está no meu sangue, então procuro dar aula como se estivesse num palco –  diz ele.

Professora do Recreio usa blog e Facebook

A ex-atriz que encarnou Lalesca na novela da Rede Globo Sono Meu agora é professora no Recreio: Carolina Pavanelli dá aulas de Português no Colégio e Curso Pensi e conquista seus alunos por falar a “língua deles”.  Dona do Blog De Salto na Areia e de uma fan page no Facebook com quase 3 mil fãs, ela interage com os estudantes o tempo inteiro.

-Sempre que posto algum texto no blog, como falo de atualidades, os alunos sempre comentam comigo e procuram discutir o que foi dito ali. Já no Facebook, procuro estar sempre postando e divulgando matérias interessantes, textos legais, artigos que possam incrementar o estudo e o senso crítico deles – diz ela.

Em meio à era do WhatSapp e mídias sociais, como chamar atenção dos alunos para leitura? Pavanelli tem duas estratégias.

Professor alguém muito mais do que especial
Carolina Pavaneli se aproxima dos seus alunos também pelas redes sociais | Foto: Divulgação

– Procuro incentivar leituras alternativas e mais baratas, como e-books, e sugerir publicações que se adaptem a faixa etária de cada um. Não adianta chegar para um jovem de 14 anos e pedir pra ele ler “Vidas Secas” esperando que ele ache o máximo. Ele provavelmente nem entenderá, achará a linguagem difícil e vai associar leitura a algo chato, penoso. A leitura é um habito que tem que se dar de forma gradativa – comenta ela.

Na sua opinião, ela diz que ois jovens leem mais, pois há muitas informações e possibilidades vindas de todos os lados.

– É claro que é possível discutir a qualidade do que eles leem, mas arriscaria dizer que essa geração de hoje lê muito mais do que a minha, por exemplo, que era mais restrita a livros e não tinha a possibilidade de acesso a blogs, por exemplo. Não é incomum entrar em sala e ver alunos lendo antes de a aula começar – diz ela.

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