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Triatleta Rafael Gonçalves é a viseira da vez

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O triatleta Rafael Gonçalves acaba de garantir no Ironman Brasil vaga no Mundial do Havaí. Cria da Barra da Tijuca e apontado como um dos melhores nadadores do triathlon na atualidade, ele construiu sua carreira esportiva na natação, conquistando importantes títulos na piscina (campeão e recordista brasileiro e sulamericano; bronze na Copa do Mundo) e no mar (bicampeão da Travessia dos Fortes).Passou a infância no Leblon, mas sempre veio à Barra porque muitos amigos moram no bairro. Por aqui, surfava e praticava natação no mar. Em 2007, aos 26 anos, mudou-se para a Barra onde reside até hoje.

Utilità: Qual a importância da Barra em seu trabalho?
Rafael Gonçalves:
Me adaptei muito bem ao estilo de vida do bairro e foi aqui, em 2009, que comecei a praticar triathlon, já sob orientação do Ultraman Alexandre Ribeiro, que também mora por aqui. A Barra da Tijuca é perfeita para a prática do triathlon, principalmente para a natação. Aqui, temos boas condições para nadar no mar praticamente o ano todo e uma boa oferta de piscinas nos clubes.Para os treinos de corrida, temos a orla e o Bosque da Barra, mais a proximidade das Paineiras, da Floresta da Tijuca e do Joá. Hoje, não me imagino morando no Rio de Janeiro em outro bairro. Aqui fiz grande amigos. A maioria dos atletas como eu também curte e aproveita o que o bairro oferece, principalmente para quem tem um estilo de vida saudável e gosta de praticar esportes ao ar livre.

Utilità: Você tem origem na natação e é na atualidade um dos melhores nadadores do triathlon. Teve que adaptar algo para não comprometer o restante da prova? Seu treinador fez você perceber que teria que nadar “natação de triathlon e não uma prova de natação”?
Rafael Gonçalves:
Desde que entrei no triathlon, naturalmente usei a natação como uma forma de acelerar a minha evolução. Eu sempre soube que jamais venceria um triathlon – de qualquer distância – contando apenas com minha performance na natação, mas também percebi rápido que sair da água na frente me colocava entre os melhores atletas para o restante da prova. Isso tem ajudado muito a minha evolução pelo simples fato de não querer ser ultrapassado.

A natação do triathlon é bem diferente da natação de piscina e até mesmo da maratona aquática. O trabalho de pernas é fundamental nessas modalidades e faz toda a diferença no ritmo e até na posição do corpo na água. O triathlon não é só o começo da prova, mas, principalmente, o único momento em que você pode poupar as pernas. Isso muda muita coisa.

Utilità: Ter a melhor natação no triathlon lhe abriu algumas portas?
Rafael Gonçalves:
A porta mais importante que a natação me abriu foi a possibilidade de me aproximar, mesmo que momentaneamente, dos melhores atletas do triathlon. Sou muito competitivo e isso vem fazendo com que eu busque uma evolução constante no restante da prova. Não é nada fácil, mas é um esporte incrível e tenho muita vontade e disposição para continuar melhorando.

Utilità: Quais são seus planos para o triathlon e o Ironman?
Rafael Gonçalves: Quero continuar evoluindo e me testar constantemente como atleta. As provas mais longas sempre me atraíram desde os tempos de nadador de piscina. O desafio do Ironman me motiva muito, mas também quero andar bem na distância de Ironman 70.3 que tem uma corrida mais veloz e ao mesmo tempo um pouco menos desgastante. O foco continua sendo a longa distância, mas as provas mais velozes me parecem uma parte importante da preparação.

Utilità: Seu treinador é um atleta reconhecido mundo afora. Um exemplo dentro e fora do esporte. Está no caminho para tornar-se um Ultraman e deixar o triatlon? Tem planos? Conversa sobre isso com Alexandre Ribeiro?

Rafael Gonçalves: O Ultraman seria um desafio que eu definitivamente tentaria se não fosse pelo último dia da prova. Não acho que eu tenha estrutura física para correr 84km e não vejo muita possibilidade de que isso mude nos próximos anos. O Ribeiro sabe da minha dificuldade com a corrida e estamos trabalhando muito duro para melhorar, mas o Ultraman me parece um pouco demais e acho que ele concorda comigo.

É muito legal ter iniciado no triathlon e continuar sendo treinado por um dos maiores ícones do esporte. Infelizmente, no Brasil, ele está longe de ter o reconhecimento merecido por tudo que já fez e conquistou. Especialmente para o Ironman do Havaí acho difícil encontrar alguém que possa me preparar para o desafio em Kona (nome da prova no Havaí) melhor do que ele.

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