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Cuidados íntimos

ginecologista - interno

Hoje (30) é comemorado o dia nacional da ginecologista e obstetra. Pensando nisso, conversamos com a especialista em ginecologia e obstetrícia Christiane Andreisa Sampaio, que nos tirou algumas dúvidas em relação aos cuidados íntimos da mulher, como o uso de sabonete íntimo, absorventes, problemas corriqueiros e por aí vai. Provavelmente, alguma dúvida sua deve ser respondida.

O uso do sabonete íntimo

Ao ir à farmácia, certamente, você já reparou na gama de sabonetes íntimos existentes nas prateleiras. Cada um possui uma função, de acordo com a embalagem. Fora a vasta opção de marcas, todos prometem a mesma coisa: cuidar da higiene íntima da mulher. Mas ele é realmente necessário? Segundo a ginecologista, o sabonete íntimo pode ser usado, desde que “respeite o perfil de cada mulher. Devem ser hipoalergênicos e com ph ácido. O seu uso excessivo deve ser evitado. Deve-se lembrar que pacientes muito alérgicas poderão desenvolver reação a alguma substância que esteja na composição do produto” conta.

Limpeza diária

Muito se fala sobre a forma correta de higiene íntima da mulher. Quantas vezes lavar, como lavar e por aí vai. A Christiane explica que ela deve ser feita algumas vezes ao dia, de acordo com a necessidade da mulher. “A higiene íntima deve ser feita de uma a três vezes ao dia na vulva, região pubiana e, por último, na região anal. Sempre em água corrente, com produtos de higiene, suavemente. Importante lavar bem as dobras entre os lábios vaginais. Não se deve, a não ser por indicação médica, introduzir água ou produtos no interior da vagina. O tempo de higiene não deve passar de 3 minutos pois a intenção não é esterilizar uma região que é colonizada por bactérias, mas remover excesso de gordura e resíduos. E não esquecer de enxugar bem”, explica.

Qual calcinha é a melhor? E absorventes?

Uma peça de roupa que toda mulher tem é a calcinha. Ela nunca sai do vestuário da mulher. Por isso, o que não faltam são opções: de algodão, tecido sintético, fibra…, mas qual é a melhor para a sua saúde íntima? A ginecologista responde: “o tecido deve ser de tecido não sintético, que favorece a ventilação local. Sempre confortáveis, sem apertar. E dormir sem calcinha é o ideal. A troca das roupas íntimas devem ser ao menos uma vez ao dia”.

Assim como é certo o uso da calcinha pela mulher, o uso do absorvente em períodos de necessidade, em sua grande maioria, é utilizado. Você sabia que existe um absorvente que deve ser evitado? Olha essa dica da especialista: “os absorventes devem ser trocados com frequência. Se o fluxo menstrual for reduzido, trocar pelo menos de 4/4 horas. Deve-se evitar absorventes com fundo plástico fora do período menstrual. Em caso de perda de urina ou suor excessivo, a mulher deve optar por absorvente sem a película plástica para diminuir a umidade local. É importante lembrar que o uso de absorvente interno necessita de maior atenção, com trocas mais frequentes e sempre higienizar as mãos antes de manipulá-los”.

Surgiu uma coceira, e agora?

Se você já sentiu uma coceirinha indesejada na parte interna da vagina, sabe como é. A irritação pode acontecer por alguns fatores, como falta de higiene, umidade do local, alergia, calças ou calcinhas apertadas ou, até mesmo, por alguns medicamentos, mas a médica alerta que não é normal. “A coceira sempre deve ser investigada. Irritações por contato com produtos ou tecidos de roupas são comuns. Até mesmo a borracha do preservativo e o esmalte das unhas podem causar alergias. Mas um processo inflamatório causado por fungos ou bactérias devem ser tratados. Existe uma tendência da mulher achar que qualquer prurido seja candidíase, que é uma vulvite micótica. E, dessa forma, a automedicação é muito comum. Às vezes essa coceira se torna crônica, o que pode exigir até uma biópsia desta área”, ela explica.

 

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