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Ar Condicionado: vilão ou aliado?

Photo credit: woofiegrrl via Visual Hunt / CC BY-ND
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Embora a primavera tenha iniciado com temperaturas amenas e bastante agradáveis, em breve estaremos no verão e, com ele, os aparelhos de ar condicionado tornam-se item indispensável para tornar os ambientes possíveis de serem ocupados. Porém, para que esse conforto térmico não provoque doenças aos ocupantes dos ambientes, é imprescindível a manutenção preventiva dos equipamentos condicionadores de ar. O conforto é imprescindível, mas a saúde é fundamental.

Para tanto, é necessário estabelecer uma rotina de manutenção, contemplando todos os itens, desde os filtros até os dutos de distribuição do ar (quando existentes). A periodicidade de cada item deve ser adotada em função do grau de sujidade e uso dos equipamentos. Um bom sinal da existência de falhas na manutenção pode ser o desconforto sentido pela maioria dos ocupantes dos ambientes. Inclusive, temos a chamada Síndrome do Edifício Doente (SED) quando cerca de 20% ou mais dos ocupantes de um edifício apresentam sintomas de desconforto, fadiga, problemas respiratórios, entre outros, que tendem a desaparecer após sua saída do ambiente. A Organização Mundial de Saúde definiu a SED como “um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados”.

Outros fatores importantes associados diretamente à síndrome são redução na produtividade e a elevada taxa de absenteísmo (ausência ao trabalho), diante da exposição a um ambiente inadequado à ocupação. Desta forma, a qualidade do ar de ambientes interiores assume importante papel não só em questões relativas à saúde pública, como também no que diz respeito à saúde ocupacional.

Mas engana-se quem pensa que apenas em grandes edifícios ou centros comerciais uma manutenção falha possa gerar riscos ao ar respirado. Em muitas residências, a manutenção preventiva não é devidamente aplicada, podendo acentuar crises alérgicas ou mesmo infecções causadas por microrganismos, cuja eliminação, após crescimento nesses ambientes, se torna mais difícil e demorada. Em alguns casos, podem ocorrer ainda outros inconvenientes, como o vazamento pelo aparelho (popularmente conhecido como “pinga-pinga”), danificando móveis, pinturas, entre outros.

Dicas para limpeza do ar condicionado doméstico:
•Antes de iniciar, desligue o aparelho para evitar acidentes;
•Remova os filtros e lave-os em água corrente, utilizando detergente neutro e esponja não abrasiva. Não utilize escovas ou crie atrito com a malha filtrante, sob o risco de danificá-la e comprometer a eficácia da filtragem;
•Anualmente, chame um técnico especialista em aparelhos condicionadores de ar para verificar o funcionamento.
Dependendo do uso do aparelho, pode ser necessário realizar essa limpeza em intervalos menores. O importante é observar o nível de sujidade retido nos filtros e higienizá-los sempre que necessário.

Em contrapartida, mantendo-se adequada rotina de manutenção, a qualidade do ar desses ambientes pode ser ainda melhor que a qualidade do ar respirado fora dos edifícios, pois a filtragem adequada elimina contaminantes que por ventura estejam presentes no ar externo. No Brasil, em 2003, a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou a Resolução nº 09, contendo orientações e padrões referenciais para caracterizar um ar de boa qualidade. Há também outras legislações que auxiliam na manutenção preventiva dos aparelhos e acessórios, como rede de dutos, filtros e etc. Importante, em caso de dúvidas, é sempre consultar um especialista, evitando avarias aos equipamentos.

E não se esqueça do ar condicionado do carro… mas esse tema falaremos no próximo mês.

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