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Morador da Barra lança livro sobre heróis brasileiros

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Foto: Divulgação

 

Todo leitor de histórias de ficção já se imaginou naqueles universos complexos construídos pelos seus autores favoritos. Já imaginou um desses livros escritos tendo como pano de fundo a Cidade Maravilhosa? Aparentemente, foi exatamente o que Paulo Sora colocou no papel. Autor de Máscaras, o publicitário acaba de lançar seu segundo livro, Mutumanos, que conta a história de Ian, um jovem universitário que descobre ter habilidades sobre-humanas. Só que Ian descobre que outras pessoas também têm poderes, o que deixa a narrativa bem mais interessante.

Morador da Barra da Tijuca, o autor conversa com a gente sobre sua experiência literária no Brasil e sobre a escolha do Rio de Janeiro como pano de fundo. Confira!

Como foi o processo criativo do livro? É algo simples?

Não é tão simples. Eu normalmente começo um livro sem saber o final. A primeira coisa que faço é desenvolver os personagens. Depois que eu conheço bem cada um, eu coloco alguns deles em uma situação e a partir daí eu vou expandindo a história. Eu não costumo planejar minhas histórias, a não ser que a trama fique complexa demais, aí eu preciso de um bloquinho ao lado. Mas, com o Mutumanos, precisei colocar tudo bem esquematizado, até pela quantidade de pontos de vistas diferentes no livro, pelas reviravoltas e pelo tamanho do “elenco” do livro [risos].Normalmente, eu deixo os personagens tomarem vida e eles me guiam na história que estou contando. Interfiro o mínimo possível.

 

A publicidade tem alguma relação com esse seu “outro lado” de escritor?

Na área de publicidade, eu atuava como redator. Escrever sempre esteve no meu sangue, sempre fui muito apaixonado pelas palavras e o poder delas. Mas a publicidade também me ajudou a ser sucinto. Nos meus livros, eu escrevo exatamente o que o leitor precisa saber. Não enrolo, não desenho demais, a não ser que seja extremamente necessário.

 

Falando de quadrinhos, temos uma equipe bem parecida com a sua chamada Inumanos na Marvel. Podemos dizer que ela tem alguma influencia até na escolha de nomes?

Sim, conheço bastante os Inumanos, mas eles não influenciaram muito. Minha maior influência, no campo da Marvel, vem dos X-Men e do Homem-Aranha. O nome também foi uma obra do acaso. Quando eu comecei a escrever Mutumanos, ainda nem tinha ouvido falar da existência dos Inumanos. A raiz da palavra Mutumanos, inclusive, é explicada no livro. Não vem de mutantes, apesar de soar parecido.

 

Você já pensou em largar a publicidade de vez para seguir apenas carreira de escritor?

Diversas vezes! 2015 foi o ano em que finalmente tive a coragem de fazer isso. Por sorte, eu conto muito com o apoio incondicional da minha família, o que ajuda bastante, já que o mercado literário demora a dar retorno financeiro.

 

Há algum motivo a mais, além de ser sua cidade, para ter o RJ como pano de fundo?

Eu amo o Rio de Janeiro. Acho que a cidade tem um grande potencial para diversas histórias diferentes e cabe a nós, artistas, usar esse potencial. Os grandes escritores sempre aconselham os iniciantes a falarem sobre o que sabem e contar histórias sobre onde viveme para o público desse lugar. Eu só segui os conselhos [risos].

 

Você já ouviu falar de fanfics? Será que começou por lá?

Sim, inclusive leio diversas fanfics. Na época que Harry Potter era uma febre maior ainda, acompanhava diversas fanfics (até no extinto Orkut). Acho um meio extremamente válido do escritor treinar sua escrita e criar um público, e inclusive tive uma fanfic de Harry Potter, mas nunca dei muita continuidade.

 

Quais os livros que você mais se inspira?

Não preciso nem dizer que a saga Harry Potter foi um marco para mim. Além da grande J.K. Rowling, também sou muito influenciado por Stephen King (meu ídolo), principalmente a série A Torre Negra, e também pelo George R. R. Martin, com suas Crônicas de Gelo e Fogo. No Brasil, minha maior influência vem dos autores Eduardo Spohr, com A Batalha do Apocalipse e Raphael Draccon, com a série Dragões de Éter.

 

Pensa em fazer mais livros sobre o personagem ou já fechou a história?

Por enquanto, está fechada. Tudo o que eu queria contar foi contado, apesar de ter uma ideia ou outra de como expandir esse universo que eu criei. Mas ainda não tenho nenhuma ideia grandiosa o suficiente que mereça ser contada.

 

O que podemos esperar do personagem principal? O que ele tem de tão carioca?

O Ian é a descrição perfeita do garoto comum. Ele não é cheio de amigos, popular, adorado. Bem pelo contrário, ele é bem tímido e não acredita muito nas forças que possui. O livro testa esse lado dele ao longo da história.Eu diria que o Ian não é um carioca comum. Ele é extremamente notívago, não gosta de praia e não tem aquele gingado característico; ele sai desse estereótipo.

 

Acompanhe as obras de Paulo Sora:

E-mail: ps.sora@gmail.com

Perfil no Skoob: http://www.skoob.com.br/autor/13492-paulo-sora

Perfil no Clube dos Autores: https://www.clubedeautores.com.br/authors/206833

 

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